A Teoria da Cooperação em Robert Axelrod e a Prática de Ilícitos Concorrenciais

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Daniel Fernando Pastre

Resumen

A proposta do presente artigo é fazer uma avaliação da teoria da cooperação de Robert Axelrod e, a partir dessa teoria, extrair uma relação entre a cooperação (ou o excesso de cooperação e a cooperação negativa) com as práticas anticoncorrenciais, dentro de um determinado quadro institucional, visando, ao final, verificar se, quando e como as advertências e estratégias para promover a cooperação relacionam-se a atual estrutura de incentivos e se, quando e como é possível que aquelas gerem excesso de cooperação ou cooperação negativa, fomentando a prática de ilícitos concorrenciais. Do mesmo modo, busca-se, com o presente artigo, propor uma revisão do Dilema do Prisioneiro, adequando-o ao quadro institucional brasileiro, para que a relação entre a cooperação e a prática de atos anticompetitivos seja realizada em base mais condizente com ao cenário nacional.

 

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Cómo citar
Pastre, D. F. (2015). A Teoria da Cooperação em Robert Axelrod e a Prática de Ilícitos Concorrenciais. Revista De Direito, Inovação, Propriedade Intelectual E Concorrência, 1(1), 234–252. https://doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0014/2015.v1i1.110
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Daniel Fernando Pastre, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC, Paraná, Brasil.

Doutorando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC, Paraná, Brasil. É advogado, Professor de Direito Comercial I e II das Faculdades Integradas do Brasil - Unibrasil, Curitiba, Paraná.

Citas

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