A MUDANÇA DO HABITUS DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR ATRAVÉS DE POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUSIVAS: A NECESSIDADE DE IR MAIS ALÉM
Resumo
O artigo analisa como a formação da sociedade brasileira influenciou a constituição de uma das sociedades mais desiguais do mundo. As instituições de ensino superior, sobretudo as públicas, foram instituídas sob o signo dessa desigualdade, funcionando como instituições legitimadoras. A adoção de políticas públicas inclusivas, por sua vez, conseguiu inserir o jovem das classes menos favorecidas no ambiente universitário. Entretanto, esse é apenas o primeiro passo. É necessário ir além, ou seja, criar políticas públicas para que o egresso das universidades por meio de políticas públicas tenha a mesma oportunidade que os demais. O objetivo do presente artigo, portanto, é analisar como o estamento moldou a sociedade e universidade brasileira, para depois revelar a mudança do habitus no ensino superior e, por fim, apontar alternativas para o fenômeno inflacionário do diploma universitário.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociológico. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: Rumo a uma outra modernidade. 2ª ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 13ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
_________. A Economia das Trocas Simbólicas. Sérgio Miceli (organizador). 7ª ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2011.
_________. O Senso Prático. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.
_________. A Distinção: crítica social do julgamento. 2ª ed. Porto Alegre: Editora Zouk, 2017.
_________. Escritos de Educação. Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani (organizadores). 9ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.
FAORO, Raimundo. Os Donos do Poder: Formação do patronato político brasileiro. 5ª ed. São Paulo: Globo, 2012.
FONAPRACE – FÓRUM NACIONAL DE PRÓ-REITORES DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS E ESTUDANTIS. V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduandos (as) das IFES – 2018. Uberlândia, 2019.
FRANCO, Ana Maria de Paiva; CUNHA, Sara. Perfil Socioeconômico das IFES. In: Radar: tecnologia, produção e comércio exterior. n. 49, fev. 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975.
FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade; tradução Afonso Celso da Cunha Serra – Rio de Janeiro: LTC, 2019.
GADOTTI, Moacir. Concepção Dialética da Educação: um estudo introdutório. 15ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 2018. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/23852-ibge-divulga-o-rendimento-domiciliar-per-capita-2018 >. Acesso em: 13 abr. 2020.
MELO, Patrícia Bandeira de; CAMPOS, Luís Henrique Romani; ZARIAS, Alexandre. O Novo Habitus de Estudantes da Universidade Pública no Interior do Nordeste. In: Cadernos do GEA. Rio de Janeiro, n. 7, p. 26-31, jan-jun. 2015.
SOUZA, Jessé. A Tolice da Inteligência Brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: LeYa, 2015.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. A teoria do habitus em Pierre Bourdieu: uma leitura contemporânea. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 20, p. 60-70. mai./jun./jul./ago. 2002.
WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2020.v27i10.6275
Apontamentos
- Não há apontamentos.