GOVERNANÇA E GOVERNABILIDADE AMBIENTAL: INFLUÊNCIAS NA LEI N. 13.123/2015

Vitória Colognesi Abjar, Loyana Christian de Lima Tomaz, Osania Emerenciano Ferreira

Resumo


  

A sustentabilidade é o instrumento capaz de garantir a implementação do princípio da responsabilidade intergeracional. Desse modo, sua materialização fica anexada as políticas públicas ambientais, nacionais e internacionais, com o escopo de garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Nessa perspectiva, tem-se a governança e governabilidade, que buscam gerir os recursos naturais e aplicá-los conforme a interpretação, de cada Estado, acerca da governabilidade ambiental.  Assim, fez-se necessário utilizar da pesquisa bibliográfica e documental, a fim de conceituar, analisar e verificar a incidência da política global no contexto brasileiro. Logo, o objetivo geral é analisar a influência da governança e governabilidade ambiental frente ao patrimônio genético, no âmbito da Lei n. 13.123/2015. Já os específicos são: conceituar governança e governabilidade ambiental; examinar os órgãos internacionais para criação de uma política ambiental consolidada e; verificar os impactos da governança e governabilidade ambiental na Lei n. 13.123/2015. Consequentemente, concluiu-se que o Brasil se pauta na governabilidade ambiental voltada aos direitos fundamentais, fazendo imprescindível analisar se a Lei n. 13.123/2015 está em consonância com os princípios constitucionais do art. 225, da CRFB.

 

Palavras-chave


sustentabilidade; patrimônio genético; ONU; governabilidade; Lei da Biodiversidade.

Texto completo:

PDF

Referências


AGENDA 2030 (2015). ODS – Objetivos de desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs . Acesso em: 05 set. 2023.

BENTO. Leonardo Valles. O novo contexto da política: globalização e governança global. In:

SOUSA, Mônica Teresa Costa; LOUREIRO, Patrícia (Org.). Cidadania: novos temas velhos desafios. Ijuí: Unijuí, 2009.

BRASIL. Decreto n. 2.519, 16 de março de 1998. Promulga a Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 05 de junho de 1998. Brasília, 16 mar. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2519.htm. Acesso em: 05 set. 2023.

BRASIL. Decreto n. 2.519, 16 de março de 1998. Promulga a Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 05 de junho de 1998. Brasília, 16 mar. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2519.htm. Acesso em: 07 de abril de 2023.

BRASIL. Decreto n. 6.476, de 5 de junho de 2008. Promulga o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura, aprovado em Roma, em 3 de novembro de 2001, e assinado pelo Brasil em 10 de junho de 2002. Brasília, 5 jun. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6476.htm. Acesso em: 05 set. 2023.

BRASIL. Medida Provisória n. 2.186-16, de 24 de agosto de 2001. Regulamenta o inciso II do § 1º e o § 4º do art. 225 da Constituição, os arts. 1º, 8º, alínea "j", 10, alínea "c", 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção sobre Diversidade Biológica, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras providências. Brasília, 24 ago. 2001. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2186-16.htmimpressao.htm. Acesso em: 03 de abril de 2023.

CENCI. Daniel Rubens; ANDRIGHETTO. Aline; SAAVEDRA. Jaime Fernando Estenssoro. Governança ambiental internacional e sustentabilidade. Revista Jurídica - Unicuritiba, v. 2, n. 43, p. 72-92, 2016. Disponível em: 10.6084/m9.figshare.3219487. Acesso em: 04 set. 2023.

ESPOLADOR. Rita de Cássia Resquetti Tarifa. Manipulações genéticas. In: PEREIRA. Ana Lúcia Pretto; URTADO. Daniela; JESUS. Diego Kubis (org). Teoria da Constituição e direitos fundamentais.Livro eletrônico. 2 ed. São Paulo: Thompson Reuters, 2021.

FREITAS. Ernani Cesar de; PRODANOV. Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas de pesquisa e do trabalho acadêmico. 2 ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

LEITE. George Salomão; STRECK. Lênio; NERY JÚNIOR. Nelson. Crise dos poderes da República. E-book. São Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2017.

LEITE. José Rubens Morato; BELCHIOR. Germana Parente Neiva. Direito constitucional ambiental. In: FARIAS. Talden; TRENNEPOHL. Terence. Direito ambiental brasileiro. E-book. 2 ed. São Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2021.

LENZA. Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

MACHADO. Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 28 ed. São Paulo: Editora JusPodivm, 2022.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA (MMA). Biodiversidade. Disponível em: https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/biodiversidade#:~:text=O%20Brasil%20ocupa%20quase%20metade,e%20tr%C3%AAs%20grandes%20ecossistemas%20marinhos. Acesso em: 11 set. 2023.

MIRANDA. Igor Caio Alves de; FARIAS. Talden. Conceituação de compliance, alocação do conceito no contexto ambiental e especificação na seara dos crimes ambientais. In: TRENNEPOHL. Terence; TRENNEPOHL. Natascha (coordenadores). Compliance ambiental. E-book. 1 ed. São Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2020.

NASCIMENTO. Juliana Oliveira. A Nova Jornada da Globalização pela transformação do Capitalismo Regenerativo e de Stakeholder no Mundo dos Negócios. In: NASCIMENTO. Juliana Oliveira. ESG: o cisne verde e o capitalismo de stakeholder. Livro eletrônico. São Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2021.

OLIVEIRA, Liziane Paixão Silva; MONT’ALVERNE, Tarin Cristiano Frota. A evolução da noção de desenvolvimento sustentável nas conferências das Nações Unidas. In: RANZIERA, Maria Luiza Machado; REI, Fernando. (Orgs.). Direito Ambiental Internacional. São Paulo: Atlas, 2015.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano. In: Anais Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. Estocolmo, 1972. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2167.pdf. Acesso em: 29 ago. 2023.

SARLET. Ingo Wolfgang. Constituição, direitos fundamentais e proteção da natureza. 5 ed. São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2021. E-book. Disponível em: https://proview.thomsonreuters.com/title.html?redirect=true&titleKey=rt%2Fmonografias%2F93001289%2Fv7.4&titleStage=F&titleAcct=i0ad6a6a200000181aa36a142d6a95625#sl=p&eid=62ba437692f4ef0910d03957653e3da9&eat=a-267774644&pg=IV&psl=&nvgS=false&tmp=308. Acesso em: 09 mai. 2023.

SASS. Liz Beatriz; MELO. Melissa Ely. Governança global ambiental: omissões e contradições no regime internacional de proteção da biodiversidade. Revista dos Tribunais, v. 74, p. 337-366, abr – jun. 2014. Disponível em: https://www.revistadostribunais.com.br/maf/app/widgetshomepage/resultList/document?&src=rl&srguid=i0ad82d9a0000018a323b60a8cc72236a&docguid=I5bd6fab0e62911e3bc03010000000000&hitguid=I5bd6fab0e62911e3bc03010000000000&spos=6&epos=6&td=614&context=35&crumb-action=append&crumb-label=Documento&isDocFG=false&isFromMultiSumm=true&startChunk=1&endChunk=1. Acesso em: 27 ago. 2023.

SECRETARIADO DA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Protocolo de Nagoia sobre acesso a recursos genéticos e repartição justa e equitativa dos benefícios derivados de sua utilização à Convenção sobre Diversidade Biológica. Brasília: MMA, 2014. Disponível em: https://www.cbd.int/abs/doc/protocol/Nagoya_Protocol_Portuguese.pdf. Acesso em: 05 set. 2023.

SENADO. Agência. Protocolo de Kyoto. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/protocolo-de-kyoto. Acesso em: 02 set. 2023.

TORRES, Roberto Dutra. Governabilidade, governança e poder informal: um problema central de sociologia política. Civitas - Revista de Ciências Sociais, v. 16, n. 1, p. 153, mai. 2016. EDIPUCRS. Disponível em: < https://doi.org/10.15448/1984-7289.2016.1.19581>. Acesso em: 27 ago. 2023.

TORRES. Glaucia Cardoso Teixeira; MUNIZ, Tânia Lobo. A construção da consciência ambiental e a importância das Organizações Internacionais no enfrentamento das questões ambientais globais. Revista do Direito Público, v. 11, n. 1, p. 183–204, 2016. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/direitopub/article/view/24473. Acesso em: 29 ago. 2023.

TRENTINI. Flavia. Governança global ambiental e o regime complexo das mudanças climáticas. Revista dos Tribunais, v. 95, p. 327-347, jul – set. 2019. Disponível em: https://www.revistadostribunais.com.br/maf/app/widgetshomepage/resultList/document?&src=rl&srguid=i0ad82d9a0000018a323b60a8cc72236a&docguid=I43f62300bfde11e98308010000000000&hitguid=I43f62300bfde11e98308010000000000&spos=5&epos=5&td=614&context=13&crumb-action=append&crumb-label=Documento&isDocFG=false&isFromMultiSumm=true&startChunk=1&endChunk=1. Acesso em: 27 ago. 2023.

WEDY. Gabriel; SARLET. Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER. Tiago. Curso de direito climático. Livro eletrônico. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2023.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-9687/2023.v9i2.10049

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.