Descortinando Invisibilidades: União Poliafetiva

Luciana Costa Poli, Bruno Ferraz Hazan

Resumo


O artigo relata o caso de três indivíduos que vivem uma união poliafetiva e procuraram um cartório de notas para a lavratura de uma escritura pública de convivência. O estudo procurará demonstrar que a opção desses indivíduos revela mais uma das possíveis formas de família que clamam por reconhecimento. Examina ainda o texto as múltiplas acepções ínsitas à subjetividade e seus reflexos sobre a eleição do núcleo familiar. Por fim, o trabalho questiona a necessidade ou não de regulamentação da união poliafetiva e os desafios do direito contemporâneo para atender de forma igualitária as demandas de todos os núcleos familiares


Palavras-chave


União poliafetiva; Subjetividade; Gênero

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DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0227/2016.v2i1.861

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