A Relação Estado-Sociedade a Partir aa Filosofia Política: Um Diálogo com Edmund Burke e Michael Oakeshott

Vitor Moreno Soliano Pereira

Resumo


O estudo enfrenta a tradicional questão sobre o tipo de relação que deve existir entre sociedade civil e Estado. Inicialmente, destrincha as características que marcam a tradição anglo-americana.  Na  sequência,  analisa  o  pensamento  de  dois  filósofos  políticos fundamentais que vêm recebendo pouca atenção da comunidade acadêmica: Edmund Burke e Michael Oakeshott. Separados por mais de dois séculos, os autores defendem um tipo específico de relação entre sociedade civil e Estado a partir de pressupostos similares, advogando a favor da existência de uma sociedade não intermediada por estruturas estatais. Conclui pela tentativa de refutação da “falácia do planejamento”.


Palavras-chave


Edmund burke;Michael oakeshott;Pequenos pelotões;Associação civil;Associação empresarial

Texto completo:

PDF

Referências


BURKE, Edmund. Reflexões sobre a Revolução na França. Trad. José Miguel Nanni Soare. São Paulo: EDIPRO, 2014.

COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

DESCARTES, René. Discurso do método. 3.ed. Trad. Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão e Andréa Stahel M. da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ESPADA, João Carlos. O mistério inglês e a corrente de ouro: ensaios sobre a cultura política de língua inglesa. Lisboa: Alêtheia, 2010.

______. A tradição anglo-americana da liberdade: um olhar europeu. Parede: Principia, 2008.

HAYEK, Friedrich August von. Direito, legislação e liberdade: uma nova formulação dos princípios liberais de justiça e economia política. Vol. I: normas e ordens. Trad. Anna Maria Capovilla, Jose Ítalo Stelle, Manoel Paulo Ferreira e Maria Luiza X. de A. Borges São Paulo: Visão, 1985.

HIMMELFARB, Gertrude. Os caminhos para a modernidade: os iluminismos britânico, francês e americano. Trad. Gabriel Ferreira da Silva. São Paulo: É Realizações, 2011.

_______. Victorian minds: A study of intellectuals in crisis and ideologies in transition. Chicago: Ivan Rd. Dee, 1995.

JULIOS-CAMPUZANO, Alfonso de. Do Estado legislativo ao Estado constitucional: o apogeu do estado de direito. In: . Constitucionalismo em tempos de globalização. Trad.: José Luis Bolzan de Morais e Valéria Ribas do Nascimento. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.

OAKESHOTT, Michael. The politics of faith and the politics of skepticism. Avon: The Bath Press, 1996.

________. Rationalism in politics and other essays. London: Methuen & Co., 1967.

QUINTON, Anthony. The politics of imperfection: the religious and secular traditions of conservative thought in England from Hooker to Oakeshott. London: Faber and Faber, 1978.

SCRUTON, Roger. Como ser um conservador. Trad. Bruno Garschagen. Rio de Janeiro: Record, 2015.

________. As vantagens do pessimismo e o perigo da falsa esperança. Trad. José António Freitas e Silva. Lisboa: Portugal, 2011.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-9652/2016.v2i1.1145

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.