Entre o Uno e o Plural: Breves Considerações sobre Poder Constituinte e Direito de Resistência a Partir do Caso do Movimento Ocupe Estelita

João Paulo Allain Teixeira, Ana Paula Da Silva Azevêdo

Resumen


O presente artigo discute a democracia agonística proposta por Chantal Mouffe a partir da compreensão da crise da democracia representativa com reflexos no esvaziamento do político, e a possibilidade de recuperação destes espaços por novas formas de manifestações sociais, como o caso do Movimento Ocupe Estelita, de Pernambuco. O texto analisa ainda o Poder Constituinte e a democracia representativa, destacando o papel de relevo que o Judiciário tem tido a partir do fenômeno da judicialização dos conflitos e, para efeito deste trabalho, do espaço político. Também se apresenta as bases conceituais utilizadas por Mouffe para construção da democracia agonística, a partir da crítica ao consenso fomentado por Rawls e Habermas, e a superação do antagonismo de Schimitt, na relação amigo x inimigo, pelo agonismo, na relação entre adversários. A partir desta inter-relação, é apresentado o movimento Ocupe Estelita bem como a sua pauta relacionada aos direitos urbanos, lançando as bases para aprofundamento da compreensão da dimensão do político no cenário brasileiro, tendo em vista as novas configurações dos movimentos.

Palabras clave


Povo, Democracia representativa, Democracia agonística

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