PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO SUPRANACIONAIS À CORRUPÇÃO: REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO ORGANISMO EUROPEU DE LUTA ANTIFRAUDE

Conteúdo do artigo principal

Heron de Jesus Garcez Pinheiro
Roberto Carvalho Veloso

Resumo

Este artigo objetiva analisar a atuação supranacional do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) no âmbito da União Europeia, através de revisão bibliográfica e estudo do direito comunitário. Discorre-se sobre a compreensão científica da corrupção a partir das teorias que a referenciam, apontando-se os instrumentos convencionais de prevenção e enfrentamento. Em seguida, expõe-se o impacto da fraude nas finanças da União Europeia, a justificar a necessidade de fortalecimento do OLAF. Enfatiza-se a disciplina dos inquéritos e examinam-se os balanços e resultados das atividades daquela instituição.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Pinheiro, H. de J. G., & Veloso, R. C. (2018). PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO SUPRANACIONAIS À CORRUPÇÃO: REFLEXÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO ORGANISMO EUROPEU DE LUTA ANTIFRAUDE. Revista Brasileira De Direito Internacional, 4(2), 84–106. https://doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0219/2018.v4i2.5019
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Heron de Jesus Garcez Pinheiro, Universidade Federal do Maranhão

Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito e Instituições do Sistema de Justiça da Universidade Federal do Maranhão (PPGDIR/UFMA). Advogado. Procurador do CREA-MA. E-mail: herongarcez@hotmail.com.

Roberto Carvalho Veloso, Universidade Federal do Maranhão

Doutor e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Juiz Federal. Membro da Comissão de Juristas do Senado Federal encarregada da elaboração do Novo Código Eleitoral. E-mail: velosorc@uol.com.br.

Referências

ABRAMO, Cláudio Weber. Percepções pantanosas: a dificuldade de medir a corrupção. Revista Novos Estudos - Cebrap nº 73, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-33002005000300003&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 07 ago. 2018.

ACKERMAN, Susan Rose. Corruption: a study in political economy. New York: Academic Press, 1978.

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Pasquino. Dicionário de política. 11.ed. Trad. Carmen Varriale et al. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1998.

BRANT, Leonardo Nemer Caldeira. A união européia e os estudos de integração regional. Belo Horizonte: Del Rey, 2009.

BRASIL. Decreto nº 4.410, de 07 de outubro de 2002. Promulga a Convenção Interamericana contra a Corrupção, de 29 de março de 1996. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4410.htm>. Acesso em: 10 jan. 2017.

__________. Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006. Promulga a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, adotada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas em 31 de outubro de 2003 e assinada pelo Brasil em 9 de dezembro de 2003. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/D5687.htm>. Acesso em: 10 jan. 2017.

__________. Ministério da Transparência, Fiscalização e da Controladoria-Geral da União. Disponível em:<http://www.cgu.gov.br/assuntos/articulacao-internacional/convencao-da-onu>. Acesso em: 10 jan. 2017.

__________. Ministério Público Federal. Disponível em: <http://lavajato.mpf.mp.br/atuacao-na-1a-instancia/resultados/a-lava-jato-em-numeros-1>. Acesso em: 14 set. 2016.

CARVALHO, José Murilo de. Passado, presente e futuro da corrupção brasileira. In: AVRITZER, Leonardo; BIGNOTTO, Newton; GUIMARÃES, Juarez e STARLING, Heloisa (orgs). Corrupção. Ensaios e críticas. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2008.

CASTRO, Conceição. Determinantes econômicos da corrupção na União Europeia. Disponível em: <http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/6260/1/ART_ConceicaoCastro_2008_1.pdf.> Acesso em: 13 out. 2016.

COMISSÃO EUROPEIA. A luta da União Europeia contra a fraude e a corrupção no âmbito do Organismo Europeu de Luta Antifraude. Acesso em: <http://www.norte2020.pt/sites/default/files/public/uploads/documentos/LutaFraude.pdf.> Disponível em: 13 out. 2016.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Auditoria e Controle Interno na União Europeia e no Brasil. Abril de 2015. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/auditoria-e-fiscalizacao/arquivos/publicacao_seminario-internacional-de-auditoria-e-controle-interno.pdf>. Acesso em: 13 out. 2016.

CUNHA, Isabel Ferin. Da ‘desdemocratização’ da Europa: democracia, media e corrupção política. Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun. [online]. 2015, vol.38, n.1, pp.37-63. ISSN 1809-5844. <http://dx.doi.org/10.1590/1809-5844201512.>

EUROPEAN UNION.The OLAF report 2015: Sixteenth report of the European Anti-Fraud Office, 1 January to 31 December 2015. Disponível em: <http://ec.europa.eu/anti-fraud/sites/antifraud/files/olaf_report_2015_en.pdf.>Acesso em: 13 out. 2016.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 5.ed. São Paulo: Globo, 2012.

FILGUEIRAS, Fernando. Corrupção, democracia e legitimidade. Belo Horizonte, UFMG, 2008a.

__________. Marcos teóricos da corrupção. In: AVRITZER, Leonardo; BIGNOTTO, Newton; GUIMARÃES, Juarez e STARLING, Heloisa (orgs). Corrupção. Ensaios e críticas. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2008b.

__________.A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Opinião Pública, Campinas, vol. 15, nº 02, 2009, p.386-421.

FONDEVILA, Manuel. La disolución de la soberania en el ámbito estatal: el proceso de integración europea. Madrid: Editora Reus, 2014.

FONSECA, Anderson Freitas da.O combate à corrupção sob a perspectiva internacional. Textos e Debates. Boa Vista, n.19, p. 31-45.

GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade administrativa. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

GRAAF, Gjalt. Causes of corruption: towards a contextual theory of corruption. Public Administration Quarterly, nº 31, p.39-86,2007.

HAMILTON, Alexander; JAY, John; MADISON, James.The federalist. Indianapolis: Liberty Fund, 2001.

HEIDENHEIMER, Arnold; JOHNSTON, Michael; LEVINE, Victor. Political corruption: a handbook. New Brunswick: Transaction Books, 1989.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 27.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

HOLMES, Leslie. Corruption: a very short introduction. Oxford: Oxford University Press, 2015.

HOUGH, Dan. Corruption, Anti-Corruption and Governance. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2013.

HUNTINGTON, Samuel Phillips. A ordem política nas sociedades em mudança. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975.

JOHNSTON, Michael. Syndromes of Corruption: Wealth, Power, and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

__________.Corruption, Contention and Reform: The Power of Deep Democratization. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

KLITGAARD, Robert. A corrupção sob controle. Tradução de Octávio Alves Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.

LEFF, Nathaniel H. Economic development through bureaucratic corruption.American Behavioral Scientist, Vol8, Issue 3, p. 8-14, 1964. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/000276426400800303> Acesso em: 09 ago. 2018.

MEYER-PFLUG, Samantha Ribeiro; OLIVEIRA, Vitor Eduardo Tavares de. O Brasil e o combate internacional à corrupção. Revista de Informação Legislativa. Brasília a. 46 n. 181 jan./mar. 2009. p. 187/194.

PASOUR JR., E.C. Rent seeking: some conceptual problems and implications. Review of Austrian Economics, 1, pp. 123-145, 1987.Disponívelem: <https://mises.org/library/rent-seeking-some-conceptual-problems-and-implications>. Acesso em: 14 set. 2016.

POLÍBIO. História. Livro VI. Trad. Mário de Gama Kury. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1985.

RAMINA, Larissa. Tratamento jurídico internacional da corrupção. Revista de Direito da Universidade Federal do Paraná - 2009. p. 201/213. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/direito/article/view/1755/1452>. Acesso em: 10 jan. 2017.

SEÑA, Jorge Malem. La corrupción: aspectos éticos, económicos, políticos y jurídicos. Barcelona: Gedisa, 2002.

__________.La corrupción: algunas consideraciones conceptuales. Revista Illes i imperis, 2014, p. 169-180.

TRANSPARENCY INTERNATIONAL.Corruption Perceptions Index 2016.Disponível em: <https://www.transparency.org/news/feature/corruption_perceptions_index_2016#table>. Acesso em: 20 ago. 2017.

__________.Corruption Perceptions Index 2017. Disponível em: <https://www.transparency.org/news/feature/corruption_perceptions_index_2017#table>. Acesso em: 25 ago. 2018.

UNIÃO EUROPEIA. Decisão da Comissão Europeia de 27 de setembro de 2013. Disponível em: <http://eur-lex.europa.eu/homepage.html?locale=pt>. Acesso em: 10 fev. 2017.

__________.Decisão da Comissão Europeia de 28 de abril de 1999. Disponível em: <http://eur-lex.europa.eu/homepage.html?locale=pt>. Acesso em: 10 fev. 2017.

__________.Regulamento nº 1073/1999 do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia. Disponível em: <http://eur-lex.europa.eu/homepage.html?locale=pt>. Acesso em: 10 fev. 2017.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.