A Fundamentalidade da Identidade Genética Humana Enquanto Direito Transgeracional

Daniela A. Rodrigueiro

Resumo


Da ficção à realidade descortinou na sociedade pós-moderna a busca desenfreada por ideal humano que se aproxima da perfeição. Os anseios sociais e as verdades científicas desapegadas por muitos séculos do juízo de valor permitiram saltos antes inimagináveis pelas ciências da vida. Todavia, não tardou para acender um sinal de alerta junto à comunidade científica internacional. Reconhece-se um direito humano de dimensão intertemporal. A necessidade de diálogo entre as ciências do conhecimento é imperativa. Assim, identificado o principio da Responsabilidade de Hans Jonas e a Sociedade de Risco de Ulrich Beck, o princípio da precaução se apresenta como norte seguro.


Palavras-chave


Genética; Responsabilidade; Sociedade de Risco; Precaução

Texto completo:

PDF

Referências


BECK, Ulrich. La Sociedad del Riesgo: hacia una nueva modernidad. Barcelona: Paidós, 1998.

CLOTET, Joaquim. Bioética: uma aproximação. 2ª ed. atual. Porto Alegre: Edipucrs, 2006.

DALLARI, Sueli Gandolfi; VENTURA, Deisy de Freitas Lima. O Princípio da Precaução: dever do Estado ou protecionismo disfarçado? In: São Paulo em Perspectiva, vol. 16, nº 02, p. 53-63. São Paulo, 2002.

DENARI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico. São Paulo: Max Limonad, 1997.

DIMITROV, Radoslav. O Princípio da Precaução nas Políticas Ambientais Globais. In: Desenvolvimento e Meio Ambiente, nº 21, p. 27-42. São Paulo, jan./jun. 2010.

GARCIA, Jose Luis. Rumo à Criação Desenhada de Seres Humanos?: Notas sobre justiça distributiva e intervenção genética. In: Estudos de Sociologia, vol. 13, nº 02, p. 15-33. Rio de Janeiro, 2006.

GUIVANT, Julia. A Teoria da Sociedade de Risco de Ulrich Beck: entre o diagnóstico e a profecia. In: Estudos em Sociedade e Agricultura, nº 16, p. 95-112. Brasília, abr. 2001.

HÄBERLE, Peter. Dignidade Humana como Fundamento da Atividade Estatal. In:

SARLET, Ingo Wolfgang. Dimensões da Dignidade: ensaios de filosofia do direito e direito constitucional. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.

HABERMAS, Jünger. A Constelação Pós-Nacional: ensaios políticos. São Paulo: Littera Mundi, 2001.

HECK, José. O Princípio Responsabilidade de Hans Jonas e a Teleologia Objetiva dos Valores. In: Dissertatio, nº 32, p. 17-35. São Paulo, 2010.

JONAS, Hans. O Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para uma civilização tecnológica. Rio de Janeiro: PUC Rio, 2011.

LIMA NETO, Francisco Vieira. O Direito de Não Sofrer Discriminação Genética: uma nova expressão dos direitos da personalidade. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

MELO, Helena Pereira de. Manual de Biodireito. Coimbra: Almedina, 2008.

SADELEER, Nicolas de. O Estatuto do Princípio da Precaução no Direito Internacional. In: PLATIAU, Ana Flávia Barros; VARELLA, Marcelo Dias (orgs.). Princípio da Precaução. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.

SARLET, Ingo Wolfgang. Dimensões da Dignidade: ensaios de filosofia do direito e direito constitucional. Porto Alegre: livraria do Advogado, 2013.

SIQUEIRA, José Eduardo de. Hans Jonas e a Ética da Responsabilidade. In: Minas Faz Ciência, p. 28-31. Belo Horizonte, 2008.

SNOW, Charles Percy. The Two Cultures and the Scientific Revolution. Nova York: Cambridge University Press, 1959.

SOUZA, Paulo Vinicius Sporleder de. Bem Jurídico-Penal e Engenharia Genética Humana: contributo para a compreensão dos bens jurídicos supra-individuais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.

RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2008.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-9695/2016.v2i2.1331

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.